Uma das infeções sexualmente transmissíveis mais frequentes do mundo é pelo HPV. É, geralmente, adquirida por via sexual, por transmissão vertical (de mãe para filho, durante o parto) e horizontal (de criança para criança, na infância).
Cerca de 15% de todas as mulheres sexualmente ativas contrai a infeção e esta percentagem vai diminuindo à medida que a idade avança. A prevalência da infeção por HPV em mulheres jovens, que já iniciaram a atividade sexual, varia entre 40% e 80%, sendo a probabilidade de infetar-se ao longo da vida de 80% a 90%. Uma vez adquirida a infeção por HPV, na maioria das situações esta resolve-se espontaneamente, sem sintomas clínicos e sem persistência do vírus. Quando, pelo contrário, o vírus persiste por períodos superiores a dois anos, o risco de uma evolução para cancro do colo do útero torna-se muito elevado.
Embora a infeção possa ser assintomática, a manifestação clínica e a sua gravidade dependem do genótipo do vírus que origina a infeção. Existem mais de 200 genótipos diferentes, dos quais cerca de 40 podem ser isolados em amostras da região anal e genital. Entre eles há 14 genótipos de alto risco oncogénico, que são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de cancro do colo do útero.
A deteção do HPV e a sua genotipagem é altamente sensível e específica. O rastreio primário laboratorial pode efetuar-se mediante a pesquisa de HPV 16, 18, e de outros subtipos não discriminados de alto risco oncogénico. Para uma avaliação de risco e orientação terapêutica mais refinadas, o laboratório pode também efetuar a genotipagem completa do HPV. Neste último caso, todos os subtipos de alto risco e provável alto risco são discriminados individualmente, e são também identificados subtipos de baixo risco com elevada prevalência em humanos. É muito frequente existirem infeções por mais do que um subtipo de HPV.
O Laboratório Dr. Joaquim Chaves disponibiliza várias técnicas de pesquisa de Papilomavírus Humano, incluindo o teste Cobas 8800 para rastreio e a genotipagem completa para deteção de genótipos de baixo risco, risco provável e alto risco. A amostra de eleição é uma colheita cervico-vaginal e os resultados são disponibilizados, no máximo, ao fim de uma semana. Há também a possibilidade de, no mesmo rastreio, diferenciar os dois subtipos mais oncogénicos, sem custos adicionais: o 16 e o 18. O Laboratório tem uma elevada experiência na pesquisa molecular do HPV, com cerca de 10 000 testes por ano de rastreio, e cerca de 5000 de genotipagem completa. Pode ainda complementar o algoritmo de decisão clínica através de exames convencionais em Anatomia Patológica, citologia e histologia.
A especialidade médica mais envolvida é a Ginecologia, mas com novas apresentações de neoplasias provocadas por HPV o envolvimento da Urologia, Dermatologia, Pneumologia e Otorrinolaringologia assume maior relevância. Poderá marcar uma consulta destas especialidades médicas numa das nossas clínicas.